Existe uma vasta e muito atual discussão sobre os benefícios e os malefícios do vinho para a saúde. Muito foi já dito e escrito sobre ambos. Vejamos algumas nuances sobre os argumentos mais comummente referenciados.
Segundo um estudo da Universidade de Coimbra em 2016, “o vinho é uma bebida alcoólica feita a partir do sumo fermentado de uvas, sendo considerado um alimento funcional por possuir características que o tornam um alimento com propriedades benéficas para a saúde, em especial pelas suas propriedades antioxidantes, um aspeto cada vez mais valorizado pelos consumidores”. O mesmo estudo alerta, porém, que, devido a aspetos químico-físicos e biológicos do organismo humano, esse efeito positivo para a saúde pode ficar comprometido e não ocorrer.
No vinho podemos encontrar dois principais antioxidantes: o resveratrol, encontrado sobretudo no vinho tinto e os flavonoides ou taninos. Ambos foram mencionados pelos seus potenciais benefícios na saúde cardiovascular e suas propriedades anti-inflamatórias.
Segundo uma publicação da Mayo Clinic em 2023, alguns estudos demonstraram que o consumo regular e limitado de álcool pode ajudar o coração, uma vez que pode contribuir para o aumento do colesterol HDL (“bom”) e para a prevenção da formação de coágulos sanguíneos ou de danos nas artérias provocados por níveis elevados de colesterol LDL, também designado por colesterol “mau”. Não quer isto dizer, e como lembra a American Heart Association e o National Heart, Lung, and Blood Institute, que se deva começar a beber álcool apenas para prevenir doenças cardíacas.
Há que ter em conta também que a dependência e o consumo excessivo têm claramente efeitos nefastos na saúde humana e podem originar ou agravar determinadas doenças.
Nesta análise, é importante ainda lembrar que outros factores podem também aumentar esses benefícios, quando falamos em pessoas que ingerem álcool em moderação, como por exemplo a prática de exercício físico regular, a escolha de uma alimentação saudável no dia a dia e vigilância regular do bem-estar físico.
Vistas ambas perspectivas, somos adeptos de um conceito que já há mais de dois mil anos, Hipócrates defendia:
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